A explosão da plataforma
Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos
Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão, após um blow out, da plataforma de petróleo
semi-submersível Deepwater Horizon que pertence à Transocean e que estava sendo
operada pela BP, afundando depois de ficar dois dias em chamas. Uma grande
mancha de óleo espalhou-se e chegou à costa da Louisiana e a outros estados
banhado pelo Golfo do México sendo considerado “a maior catástrofe ambiental da
história americana". O acidente vitimou fatalmente onze trabalhadores.
A plataforma estava na fase final
da perfuração de um poço, na qual se reforça com concreto o poço. Este é um
processo delicado, pois há possibilidade de os fluidos do poço serem liberados
descontroladamente (blow out). No dia 20 de abril de 2010 houve uma explosão na torre, e
esta incendiou-se. Barcos de apoio lançaram água à torre numa infrutífera
tentativa de extinguir as chamas. Deepwater Horizon afundou em 22 de abril de
2010.
Entenda o que é um Blow Out clicando AQUI.
Entenda o que é um Blow Out clicando AQUI.
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Barcos de Apoio numa tentativa desesperada de salvar a plataforma Deepwater Horizon. |
O acidente teve graves consequências para a vida animal: aves, mamíferos e tartarugas marinhas morreram vítimas das manchas de óleo. A limpeza das praias também implicou a destruição de muitos ninhos e locais de desova de tartaruga. Ainda hoje (2013) as consequências da catástrofe ainda são sentidas já que mais da metade do petróleo vazado não chegou a atingir a superfície continuando seu impacto no leito marinho. As taxas de nascimento de golfinhos, por exemplo, são atualmente bem menores do que as de antes da catástrofe.
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Mancha de óleo pode ser vista por satélites. |
A British Petroleum (BP) conseguiu em setembro
de 2010, estancar definitivamente o derrame de petróleo, estimado entre 3 e 4
milhões de barris de petróleo.
Uma descarga final de cimento,
"selou" permanentemente o poço Macondo 252 no Golfo do México, após 5
meses de extensas operações, planejamento e execução sob a direção e autoridade
da equipe de engenheiros e cientistas do governo norte-americano. Desta forma,
a BP completou com sucesso o fechamento do poço cimentando-a a quase 18 mil pés
(5,5 km) abaixo da superfície.
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À esquerda, vazamento de petróleo no fundo oceânico, no poço rompido durante o "naufrágio" da plataforma À direita, o poço cimentado e lacrado depois de 5 meses. |
CAUSAS
Não foi causada por um único fato
isolado. Uma sequência de falhas envolvendo diferentes partes resultou no desastre
na costa americana, diz o relatório da BP sobre o acidente. O relatório revela que uma série de decisões tomadas
por várias empresas e equipes de trabalho contribuíram para o acidente que
surgiu de um conjunto complexo e interligado de falhas mecânicas, julgamentos
humanos equivocados, erro de projeto, má execução operacional e falha de
comunicação de equipes.
A BP dividiu a culpa pelo
desastre com outras duas companhias. A suíça Transocean, responsável pela
modulação de alguns equipamentos, que teria falhado na avaliação de alguns
testes de pressão, enquanto a americana Halliburton, contratada para auxiliar no
processo de fechamento do duto por onde o óleo escapava, teria feito um
trabalho ruim ao tentar vedar com cimento o vazamento dando continuidade ao
desastre ecológico. Mas o documento ainda enumera outras falhas de ambas as
empresas. A Petroleira Britânica BP pagará US$ 4,5 bilhões em multas ao governo
americano.
Veja o vídeo:
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