quarta-feira, 5 de junho de 2013

Caso 017: Falha Resultante por Vácuo.

Veja o que pode acontecer quando se bloqueia um vagão-tanque sendo vaporizado.
O vagão-tanque de GLP estava sendo limpo com vapor para prepará-lo para um trabalho de manutenção.
 A limpeza ainda estava em progresso no final do turno quando então o funcionário que executava o serviço decidiu bloqueá-lo e paralisou a limpeza para a troca de turno.


O tanque a partir deste momento ficou estanque, sem nenhum tipo de dispositivo de proteção como uma válvula quebra vácuo por exemplo.
Neste período de tempo, entre a troca do turno, o vagão foi se resfriando naturalmente e assim, o vapor  ainda contido no seu interior condensou.
Como a água ocupa muito menos espaço em estado líquido que no estado gasoso, a pressão interna se torna muito inferior que a externa, ou seja, criando uma pressão negativa (“vácuo”) em relação à pressão atmosférica do lado de fora do tanque. Desta forma, chegou a um ponto em que pressão atmosférica sobre o tanque com vácuo bastou para comprimi-lo e deformá-lo subitamente. O tanque implodiu, ou se contraiu a ponto destruí-lo.



Acredite. Tão súbito quanto impressionante. A rapidez desse fenômeno esta nesta demonstração no vídeo abaixo, realizada para técnicos e engenheiros do ramo ferroviário. 
VEJA O VÍDEO.



Esta é uma grande lição, lembrando que a pressão atmosférica exerce uma força enorme, capaz de esmagar um carro-tanque de aço com um centímetro de espessura como se fosse uma lata de refrigerante, quando é criado um vácuo significativo no seu interior.
Um vácuo significativo pode ser criado simplesmente drenando-se um vaso sem prover de um dispositivo de entrada de equalização de pressão ou limpando-se com vapor não provendo deste dispositivo. Logo, o vapor condensado subsequente, tal como nas fotos acima, cria um vácuo extremamente forte. Quanto mais quente ou alta a pressão do vapor, mais forte o vácuo. Até mesmo a condensação de um hidrocarboneto quente com pressão de vapor baixa pode ter resultados similares caso o sistema não seja coberto com gás N2.



A falha catastrófica causada por vácuo pode ocorrer também em duas outras situações entre outras formas:

1 - Após um teste hidrostático, durante a drenagem do equipamento testado, sem que se adotem os devidos cuidados, como válvula vent aberta ou não verificar o funcionamento adequado de válvula quebra vácuo, quando for o caso;
2 - Durante  o descarregamento de produto líquidos de um tanque atmosférico como podemos ver no exemplo abaixo:

O tanque vertical estava sendo totalmente descarregado para manutenção.
O colapso deste tanque de ácido aconteceu durante seu esvaziamento, sendo o produto carregado para um caminhão tanque. Durante esse processo, uma folha de plástico protegendo o telhado ficou preso no dispositivo de ventilação no teto do tanque, obstruído a entrada de ar; causando assim o vácuo que provocou severa deformação do costado e do teto do tanque.



Recomendo vídeo do link abaixo que demonstra o funcionamento de uma válvula quebra vácuo:

http://www.youtube.com/watch?v=QAtkOaH0S84


3 comentários:

  1. NUMA PLANTA QUIMICA DE SANTO ANDRÉ EM 2008 HAVIA UM TANQUE ASSIM.

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    1. HA HA..Meu caro...então você esteve por la em 2008??? lembra do velho CAMARGO??? Pois é! As pedras se encontram. Voce sabe de alguem que esteja precisando de um bom GERENTE de END?
      Assinado Jose Camargo...js08@uol.com.br

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  2. Esse fato faz lembrar de um professor do SENAI. Quando ele reunia uma turma de estudante e com auxilio de uma bomba de vácuo, esvaziava um galão de solvente ate o amassamento completo. Daí ele peguntava: O QUE FOI QUE CAUSOU ESSE AMASSAMENTO??? RESPOSTA dos alunos: O VÁCUO. Não; seus cabeças duras. O vácuo é igual NADAAAA portanto o nada não pode "causar" NADA. O que causou isso foi a pressaõ EXTERNA. ENTENDERAM????

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