É o fenômeno de
deterioração de materiais causada pela ação conjunta de tensões mecânicas
(residuais ou aplicadas) e meio corrosivo. A CST é caracterizada pela formação
de trincas, o que favorece a ruptura do material. Por essa razão, a Corrosão
Sob Tensão é comumente chamada de Corrosão Sob Tensão Fraturante. Acontece
comumente com metais dúcteis.
Na CST, praticamente não se observa perda de massa
do material, como é comum em outros tipos de corrosão. Assim, o material
permanece com bom aspecto, até que a fratura ocorre. O tempo necessário para a
fratura ocorrer depende da tensão (quanto maior a tensão, menor o tempo.
Dessa maneira é aconselhável evitar concentrações de tensões):
- do meio corrosivo;
- da temperatura e;
- da estrutura e composição do material (geralmente, materiais com grãos maiores são menos resistente que materiais com grãos menores, por exemplo).
Mecanismo
Existe uma divergência entre diversos autores de
trabalhos sobre a CST. Entretanto, os seguintes aspectos são comumente
observados:
Fratura Intergranular na Corrosão Sob Tensão:
Acontece quando a fratura acompanha o contorno dos
grãos do material. O contorno de grão é uma região de maior energia, o que faz
com que sua corrosão seja preferível à corrosão do interior do grão. Essa maior
energia pode ser causada tanto por uma diferença de composição química entre o
contorno e o interior do grão causada por um acúmulo de discordâncias e átomos
de impureza quanto pela estrutura desordenada dos átomos que estão numa posição
intermediária na malha cristalina.
Corrosão Intergranular. |
Fratura Transgranular na Corrosão Sob Tensão:
Acontece quando a fratura passa pelo meio dos
grãos. Este tipo de trinca está associado a fenômenos de natureza eletroquímica
e sua formação e propagação pode ser detida com a utilização de correntes
catódicas. Existem muitas teorias para explicar esse tipo de fratura, porém
ainda muito divergentes. A fragilização por hidrogênio sustenta uma das teorias
mais bem aceitas.
Exemplos de CST é por vezes observada nos seguintes
sistemas:
- Aços doces, na presença de álcalis, ou nitratos. A fratura nesse caso é intercristalina, e o problema se agrava à medida que a dureza do material aumenta;
- Aços de alta resistência mecânica. Esses são sujeitos à fratura em vários ambientes, principalmente nos com presença de cloreto;
- Ligas de alumínio. Nesse caso, a fratura é intercristalina está relacionada à presença de precipitados formados durante o processo de endurecimento.
Medidas Preventivas:
De maneira a minimizar a corrosão sob tensão,
algumas providências podem ser tomadas:
- redução das tensões;
- alterações no ambiente corrosivo (modificar o pH, eliminar presença de oxigênio e cloretos, etc);
- proteger o material com inibidores químicos ou proteção catódica.
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